Esse post foi feito para você que ainda não sabe nem por onde começar a avaliar se vale a pena ser PJ ou não, e por isso não se sente pronto(a) para as vagas PJ.
Então, vamos dar um passo para trás, e explicar as coisas do começo.
Meu nome é André, vim da área de TI como desenvolvedor. Já trabalhei por conta própria fazendo sites e sistemas. E também trabalhei muitos anos como PJ numa consultoria de TI.
1º) Por que existem vagas PJ?
Simplesmente, para baratear a mão de obra.
É como se o patrão falasse: “Em vez de dar dinheiro de graça para o Governo, eu quero dar na sua mão.“
Tem gente que acha isso muito errado; o fim da picada. E tem gente que não liga. Há inclusive quem prefira mil vezes ser PJ do que CLT, como é o meu caso.
2º) Consequências de ser PJ no dia a dia
Aquela conversa de não ter chefe nem horário é balela! Coisa típica de contadores e web writters que não têm a menor ideia do que é ser PJ, e dizem a primeira ideia que lhes vem à cabeça só para por conteúdo na internet…
A verdade é: independente de ser PJ ou CLT, você vai trabalhar numa empresa com outras pessoas e terá que lidar com as regras da casa do mesmo jeito.
A cultura da empresa pode ser a mais variada possível (quanto a horários, hierarquia, etc.) mas em nada depende do regime de contratação dos colaboradores!
Há até um artigo neste blog chamado “Mitos sobre trabalhar como PJ” e recomendo muito que você leia se tem alguma dúvida sobre isso.
3º) Consequências nas finanças
O lado financeiro fica um pouco diferente numa vaga PJ.
Enquanto o CLT recebe na conta um salário líquido (já com os descontos. Isto é, aquilo que pode ser gasto ou investido), o PJ recebe o valor bruto.
E ele é o único responsável por pagar seus impostos. Porém, os impostos são bem menores!
São tão menores que nos faz crer valer a pena trabalhar como PJ na maioria dos casos.
Além disso, nem todos os PJ’s tem férias remuneradas, décimo terceiro salário e verbas rescisórias. Mas muitas empresas dão esses benefícios por mera liberalidade. Só é importante ter isso claro durante o processo seletivo.
Para entender em detalhes quais impostos o profissional PJ paga, eu preparei vídeo onde explico na lousa.
4º) Sobre trabalhar para o exterior em home office
Até aqui falamos somente sobre quem trabalha para empresas dentro do Brasil.
Mas agora é bem comum o cenário de trabalhar para empresas do exterior, em home office.
Neste caso, não existe a opção de “ser CLT”, pois nenhuma empresa fora do Brasil está obrigada a seguir nossas normas trabalhistas. Elas simplesmente depositam o salário na conta do funcionário, sem burocracias.
O que tem aqui são duas opções:
- tributar como pessoa física, e pagar até 27,5% de imposto; ou
- tributar como PJ e pagar menos de 10%.
Recomendamos fortemente a segunda opção, visto que em ambas não há direitos trabalhistas, benefícios e afins.
Então, quando estiver avaliando um job no exterior, pode considerar como uma vaga PJ!
Profissional de TI desde 2007 | MCP | PMP | PSM I | PSPO I | CEA
Graduado em Sistemas de Informação pelo Mackenzie e pós graduado em Gerenciamento de Projetos pela FIAP.
📖Autor do livro Trabalhando como PJ: O Guia Prático da Pejotização.