As contratações no regime PJ tornaram-se comuns em certas profissões por causa dos altos salários, pois acaba sendo bom para o empregado e para o patrão.
Muitas pessoas tem nos trazido valores específicos e perguntado se vale a pena ou não ser PJ.
Vamos imaginar um profissional no início da carreira, com proposta para ganhar R$ 3000 por mês, podendo escolher entre CLT e PJ, mas sem mudar o valor…
Como CLT, seus descontos serão de R$ 400, então, o salário líquido será de R$ 2.600.
Mas além disso, haverá 8% de FGTS para usar em caso de demissão e outras emergências, férias de 30 dias todo ano, com R$ 1000 de adicional para a viagem, e o 13º salário para gastar no Natal.
Se o mesmo profissional fosse PJ, sem férias nem 13º nem FGTS, o salário líquido seria de R$ 2.700, após pagar o imposto do Simples Nacional e INSS. E mais nada.
Note que nesse caso apenas o patrão se dá bem. O profissional ganha quase nada a mais, e fica sem uma série de benefícios.
Nessas condições, eu acho que não vale a pena ser PJ, pois só um dos lados ganha.
O regime PJ começa a ser vantajoso lá na casa dos R$ 5000. E para quem ganha ainda mais, pode fazer uma tremenda diferença a nível de patrimônio.
Lembre-se que cada caso é um caso, e uma decisão de emprego precisa ir muito além da matemática.
Os números foram tirados da nossa Calculadora CLT x PJ. Baixe a sua e calcule conforme a sua realidade!
*Valores, impostos e encargos vigentes em 2020.
Profissional de TI desde 2007 | MCP | PMP | PSM I | PSPO I | CEA
Graduado em Sistemas de Informação pelo Mackenzie e pós graduado em Gerenciamento de Projetos pela FIAP.
📖Autor do livro Trabalhando como PJ: O Guia Prático da Pejotização.