Na edição que circula nesta quarta-feira, a conceituada publicação sobre economia e negócios da Abril, só com a capa, tira a fome de quem passa em frente a banca antes do almoço.
A reportagem de capa pinta com palavras e números um cenário nefasto. Em suma, a mensagem reza: entre janeiro e agosto de 2015, mais de 600 mil trabalhadores perderam seus empregos; ao fim de 2016 o acumulado deve chegar a 2 milhões, e o número ainda não contempla os 800 mil formandos do período.
A explosão de demissões, conforme entrevistas da edição, atinge desde uma moça de 20 anos, obrigada a trancar a faculdade por perder o emprego de recepcionista e não achar outro, até um engenheiro formado em 2010, cujo salário já chegou a 10 mil reais. Sim, até a próspera engenharia está condenando milhares ao desemprego anualmente. Começou em 2013 com uma queda drástica do saldo da geração de postos de trabalho na área; no ano seguinte o resultado negativou em 4 mil vagas, e dobrou só no primeiro semestre de 2015.
A boa para nós, de TI, está nas entrelinhas do apocalipse: um dos gráficos da reportagem principal esquematiza a extinção de postos de trabalho por setor. Na comparação, o item “Serviços” (entenda-se: desde faxina doméstica e corte de cabelo até o gerenciamento de data centers) teve 5.500 demissões de janeiro a agosto. Para se ter ideia, na “Indústria” e no “Comércio” foram 500 mil no mesmo período.
A revista faz um paralelo com o surto de prosperidade que marcou a década passada: dois milhões de empregos gerados por ano, aumento de 33% na renda dos trabalhadores e crescimento acentuado da proporção de contratações com carteira assinada (CLT), que subiu de 46% para 55% do pessoal ocupado até 2014.
Desemprego e trabalho “informal”
Ante essas e outras, já na carta de apresentação os editores concluem que voltará a aumentar a informalidade, usando este termo para generalizar os trabalhadores PJ e outras classes. Logo em seguida, dividem toda a população em dois grupos: os que têm a plenitude dos direitos trabalhistas, e os milhões “entregues à própria sorte”.
Pela experiência do autor, a sorte de alguns “informais” tem dado uma vida melhor do que as carteiras de trabalho. Um dos problemas macroeconômicos do País é o alto custo do vínculo empregatício, e isso impacta diretamente na produtividade das empresas, a qual também tem caído na crise. O remédio para esse mal é uma formalização alternativa, como o regime PJ, sem preterir a honestidade e a boa fé das duas partes.
Dessa forma, a Legislação Trabalhista se torna um pilar do desemprego, um grande exemplo de intervenção deletéria do Governo na Economia. Ainda mais no caso do nosso, com um longo histórico de desserviços prestados a cidadãos que pagam impostos superiores a 20% de sua renda (pelo menos os CLT).
Então, quais impostos a pagar trabalhando como PJ?
Na próxima semana publicaremos um guia do quanto o trabalhador precisa pagar se sua contratação for PJ, dependendo da profissão. Por enquanto, uma coisa dá para garantir: é bem menos do que um CLT, e o empregador não paga nada além do salário.
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Finanças pessoais
Sobre esse assunto, a recomendação é não ser tão exigente na busca pelo emprego perfeito. Afinal, especialistas em finanças pessoais são unânimes na ordem do dia: manter-se com renda garantida até a tempestade cessar.
Profissional de TI desde 2007 | MCP | PMP | PSM I | PSPO I | CEA
Graduado em Sistemas de Informação pelo Mackenzie e pós graduado em Gerenciamento de Projetos pela FIAP.
📖Autor do livro Trabalhando como PJ: O Guia Prático da Pejotização.